Beto, Ricardo Carvalho, Deco e Hugo Almeida juntaram-se, esta quinta-feira, aos trabalhos da selecção portuguesa, que continua a preparar a fase final da Copa do Mundo da FIFA. Mais quatro soluções para Carlos Queiroz dar continuidade ao programa de treinos rumo à África do Sul e mais quatro vozes para a ambição lusitana.
Depois do quarto lugar alcançado por Portugal no Mundial de 2006, Deco defende que o novo conjunto luso ainda “tem mais soluções” do que a selecção que esteve na Alemanha e, por isso, garante que a equipa de Carlos Queiroz tem, pelo menos, o direito a sonhar. “Todos nós sonhamos com uma final, vencer o Mundial. Sem dúvida que, para vencer o Mundial, temos de estar muito bem e fazer jogos fantásticos. Acredito que temos capacidade para, pelo menos, sonhar. O direito a sonhar com o título”, afirmou Deco à chegada à Covilhã, onde a equipa das Quinas treina até partir para a África do Sul.
O optimismo não impede o médio de pensar com cautela na competição, com uma certeza: “O primeiro grande objectivo é passar a primeira fase. Seria sempre uma decepção não passar. A partir daí tudo pode acontecer. Temos condições de jogar de igual para igual com qualquer selecção e num jogo tudo pode acontecer”, lembrou o jogador do Chelsea.
A ambição de Deco encontra eco no colega de equipa do Chelsea, Ricardo Carvalho que, antes de mais, quer que Portugal faça “melhor do que no último Mundial” e para isso lembra que todos os jogadores têm de andar a “mil à hora”. “Só assim podemos tentar chegar à final”, justificou.
O defesa era uma das grandes dúvidas da selecção de Carlos Queiroz devido à lesão que o afastou dos relvados nos últimos dois meses, mas Ricardo Carvalho garante que, do ponto de vista médico, está perfeitamente apto. “Sei que estou bem e tenho treinado bem. Já não tenho dores, tenho trabalhado bastante no último mês e sinto-me muito bem. Da minha parte não haverá problemas. Tenho-me cuidado bastante, vou estar bem. Claro que ainda não tenho ritmo, mas até ao primeiro jogo tenho tempo para recuperar”.
Ao contrário de Ricardo Carvalho e Deco, que brilharam na Alemanha, o Mundial da África do Sul é uma estreia para Beto. O guarda-redes do FC Porto está pronto a “acrescentar alguma coisa” à selecção portuguesa e não esconde a importância do momento: “Sem dúvida alguma, representar a selecção nacional no Campeonato do Mundo é, até à data, o momento mais alto da minha carreira”.